O leite oferece diversas alternativas de uso, seja para quem o produz, como para quem o adquire após ter sido objeto de um processo industrial. Neste caso deve-se levar em conta que alguns processos, como é o caso da esterilização, restringem, e muito, seu uso. Nos outros casos, se pode dar excelentes usos para o leite industrializado, tais como, fazer queijos diversos e iogurtes.
Quando se produz leite as alternativas se multiplicam, inclusive quanto à origem. Ainda que sejam em maior número as origens do leite, o mais comum é se produzir leite de vaca, de cabra e de ovelha.
O volume produzido também varia de poucos litros/dia até milhares de litros, mas a agregação de valor vai depender de um planejamento, algo que deve ser feito com grande cuidado.
Os produtores de leite dispõem de um excelente elenco de apoiadores, tais como: Embrapa; as Ematers e similares; Secretarias Municipais; Programas especiais; SEBRAE; Universidades; e sistemas de apoio de produtores de equipamentos.
É importante que as decisões sejam bem fundamentadas, especialmente quando envolvem custos e investimentos. Instalações inadequadas, má qualidade de produtos, e atendimento inadequado aos consumidores constituem os erros mais comuns. Um erro que pode ser fatal é o de se utilizar na propriedade rural, mão de obra contratada pela CLT, o que pode gerar um passivo oculto irrecuperável. Um empreendimento rural para agregar valor ao leite deve considerar as características peculiares desta atividade e utilizar como força de trabalho, familiares ou Micro Empreendedores Individuais.
São múltiplas as alternativas para se tornar a produção de leite um excelente empreendimento, seja este leite, pasteurizado ou não. O importante é se gerar um produto de qualidade e quem atribui este valor é o consumidor. A qualidade se baseia na relação de custo benefício e, assim sendo, o controle de custos é fundamental.
O iogurte e os queijos frescais são produtos altamente recomendáveis. Muito interessante é se produzir queijos visualmente atrativos como é o caso de queijos com fungos e os de formatos não convencionais.
O empreendimento para agregar valor ao leite deve ser visto como sendo uma empresa, ou seja, um ser vivo. Em qualquer ser vivo a função faz o órgão e, no caso da empresa, se deve investir naquilo que é essencial, de tal forma que crescimento seja autossustentável.
Carlos Reinaldo Mendes Ribeiro
Professor de Administração – Sanitarista – Empresário - Escritor
Coletânea de informações, dicas, sugestões, curiosidades, erros e acertos colecionados nestes anos, fazendo queijos artesanais.
quinta-feira, 21 de abril de 2016
terça-feira, 19 de abril de 2016
Como organizar um empreendimento leiteiro
O ponto de partida para se organizar qualquer empreendimento é se ter presente que deve existir uma necessidade de consumo que possa ser melhor atendida.
No caso de um empreendimento para atender a necessidade de produtos lácteos, precisamos organizar algo que atenda melhor o consumidor e seja viável como empreendimento.
Precisamos, pois, definir qual será nosso consumidor, analisar como está sendo atendido e planejar uma forma de atendê-lo melhor.
Vejamos algumas alternativas de consumidores para o leite produzido.
O consumidor usual quando se produz leite é o laticínio, mas esta pode ser uma alternativa problemática, pois os laticínios oferecem algum apoio tecnológico, mas exigem exclusividade e pagam o preço definido por eles, de tal forma que quando aumenta nossa produção o preço baixa. A exigência de exclusividade é de alto risco por gerar uma dependência incompatível com qualquer empreendedorismo. Para forçar essa exclusividade, os laticínios conseguem estabelecer exigências legais que dificultam, e até impedem, o fornecimento do leite para outros consumidores e, também, a agregação de valor ao leite produzido.
Este verdadeiro absurdo está sendo ultimamente superado em algumas unidades federativas, mas antes de se pretender iniciar qualquer empreendedorismo com o leite é preciso se consultar a viabilidade legal para o mesmo.
Superada esta questão, o leite pode ser, e é, um excelente campo de atuação para o empreendedorismo.
Uma opção interessante é começar a fornecer o leite in natura para hotéis, restaurantes e estabelecimentos que processam alimentos para seus clientes. Esta opção implica em quase nenhum investimento por parte do produtor rural e abre a possibilidade de se comercializar o leite por um preço adequado que assegure lucratividade e permita o desenvolvimento de um futuro beneficiamento de leite na própria propriedade rural.
O empreendedorismo é um processo que envolve assessoria contábil e legal, para que se evite cometer erros e se tenha de fazer correções.
Um passo adiante em termos de empreendedorismo é se agregar valor ao leite na própria propriedade rural. Esta é uma decisão que implica em investimentos, sendo recomendável o crescimento autossustentável, ou seja, que o próprio empreendimento gere os recursos para novos investimentos. Isso gera um crescimento sadio.
Nesta etapa é preciso se definir que tipo de beneficiamento se dará ao leite.
Ainda que se possa pretender produzir derivados a partir de leite não pasteurizado, é recomendável que se disponha deste recurso, pois ele amplia enormemente as opções de derivados possíveis de serem produzidos.
Carlos Reinaldo Mendes Ribeiro
Professor de Administração – Sanitarista – Empresário - Escritor
No caso de um empreendimento para atender a necessidade de produtos lácteos, precisamos organizar algo que atenda melhor o consumidor e seja viável como empreendimento.
Precisamos, pois, definir qual será nosso consumidor, analisar como está sendo atendido e planejar uma forma de atendê-lo melhor.
Vejamos algumas alternativas de consumidores para o leite produzido.
O consumidor usual quando se produz leite é o laticínio, mas esta pode ser uma alternativa problemática, pois os laticínios oferecem algum apoio tecnológico, mas exigem exclusividade e pagam o preço definido por eles, de tal forma que quando aumenta nossa produção o preço baixa. A exigência de exclusividade é de alto risco por gerar uma dependência incompatível com qualquer empreendedorismo. Para forçar essa exclusividade, os laticínios conseguem estabelecer exigências legais que dificultam, e até impedem, o fornecimento do leite para outros consumidores e, também, a agregação de valor ao leite produzido.
Este verdadeiro absurdo está sendo ultimamente superado em algumas unidades federativas, mas antes de se pretender iniciar qualquer empreendedorismo com o leite é preciso se consultar a viabilidade legal para o mesmo.
Superada esta questão, o leite pode ser, e é, um excelente campo de atuação para o empreendedorismo.
Uma opção interessante é começar a fornecer o leite in natura para hotéis, restaurantes e estabelecimentos que processam alimentos para seus clientes. Esta opção implica em quase nenhum investimento por parte do produtor rural e abre a possibilidade de se comercializar o leite por um preço adequado que assegure lucratividade e permita o desenvolvimento de um futuro beneficiamento de leite na própria propriedade rural.
O empreendedorismo é um processo que envolve assessoria contábil e legal, para que se evite cometer erros e se tenha de fazer correções.
Um passo adiante em termos de empreendedorismo é se agregar valor ao leite na própria propriedade rural. Esta é uma decisão que implica em investimentos, sendo recomendável o crescimento autossustentável, ou seja, que o próprio empreendimento gere os recursos para novos investimentos. Isso gera um crescimento sadio.
Nesta etapa é preciso se definir que tipo de beneficiamento se dará ao leite.
Ainda que se possa pretender produzir derivados a partir de leite não pasteurizado, é recomendável que se disponha deste recurso, pois ele amplia enormemente as opções de derivados possíveis de serem produzidos.
Carlos Reinaldo Mendes Ribeiro
Professor de Administração – Sanitarista – Empresário - Escritor
segunda-feira, 18 de abril de 2016
Faça diversas produções por dia.
Clique para ampliar |
Geralmente estes produtores fazem duas ordenhas diárias e o ideal é que se processe o beneficiamento deste leite logo após a ordenha. Essa simples providência já reduz pela metade a ociosidade do equipamento de processamento e teremos, assim, uma produção de queijo na primeira hora da manhã e outra no fim da tarde.
Após a primeira produção, sugerimos que se utilize o processador para fazer iogurte. O iogurte exige pouca atenção e é o beneficiamento que gera melhor lucratividade para o leite. O mesmo pode ser feito após a segunda produção de queijo; e o equipamento ficará sem ociosidade. Assim sendo, se pode multiplicar por quatro a capacidade do processador de leite.
Carlos Reinaldo Mendes Ribeiro
Professor de Administração – Sanitarista – Empresário - Escritor
Assinar:
Postagens (Atom)